O Museu da Casa Brasileira (MCB) se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Conhecido pela localização privilegiada, uma mansão da década de 40 quase no cruzamento das avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, o MCB é um verdadeiro oásis entre os prédios da região com seu jardim de mais de 6 mil metros quadrados.
O MCB é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Estado da Cultura. Atualmente é administrado pela Organização Social "A Casa Museu de Arte e Artefatos brasileiros". Criado em 1970 com a denominação de Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, recebeu o nome atual no ano seguinte, por sugestão do então diretor Ernani Silva Bruno, endossada por conselheiros como Sérgio Buarque de Holanda; em 1972, passou a ocupar a atual sede.
O Museu expõe em sua coleção permanente exemplares do mobiliário dos séculos XVII ao XXI e reforça, em sua agenda cultural, a vocação para as áreas de arquitetura e design por meio da multiplicação de exposições temporárias e de um programa diversificado de debates, palestras, cursos, oficinas e lançamentos de livros.
Olho Mágico - Uma visão dos interiores de Copacabana.
Exposição temporária no MCB de 04 a 29/07/12.
Entrada gratuita.
Acervo do Museu
Escabelo
Peça do Século VII, Brasil. Derivada
de modelos italianos e germânicos do século 16, este escabelo (pequeno
banco) em cedro possui encosto recortado e entalhado em baixo relevo,
mostrando um brasão com as iniciais MGS. Apesar de feito por meio de
técnicas simples de encaixes, seu uso era nobre, destinado aos chefes de
família e aos visitantes ilustres.
Acervo do Século VIII
Caixa-cofre
Século 18, Brasil
Doação: Alfredo Mesquita
Esta
peça rústica em madeira e ferro é sustentada por um par de bases com
dois pés cada uma, na forma de esteios independentes, soltos e altos,
cuja função era proteger o móvel contra a umidade. Um jogo de três
chaves mostra a preocupação com a segurança. Alças laterais facilitam o
transporte da peça.
Mesa de aba e cancela
Século 18, Portugal
Confeccionada
em carvalho e com pernas torneadas, suas abas dobráveis permitem
aumentar o número de pessoas sentadas, sinalizando um dinamismo avançado
para o período. A quantidade de pernas segue a necessidade de apoio, de
acordo com o tampo. Um mecanismo de dobradiça similar ao dos portões
permite a articulação das abas, daí a denominação
Acervo do Século XIX
Espineta
Século 19, Inglaterra
Século 19, Inglaterra
A
espineta é um instrumento de percussão a martelo, com teclado de seis
oitavas e cordas em harpa simples. De mogno e jacarandá, este exemplar é
montado sobre seis pernas com rodízios de metal. Na faixa logo abaixo
do instrumento, encabeçando cada perna, há um quadrado em bronze com
rosetas, que nas laterais apresentam a coroa imperial encimando a
insígnia P I (D. Pedro I).
Acervo do Século XX
Capelinha
é um apelido carinhoso para esse rádio, por seu formato. Suas
características estéticas são do estilo Art Déco, que mantém linhas
geométricas simples, com as extremidades levemente arredondadas. O rádio
– e depois a televisão, o computador etc. – são formas de conectar-se,
desde o espaço doméstico, com o mundo.
Carrinho de chá Nômade
1993, Valinhos, SP
Design e doação: Claudia Moreira Salles (1956)
Produção: Etel Interiores, Valinhos, SPUma peça transformável: em estrutura retrátil, pode ser aberta e fechada facilmente, tem bandeja removível que pode ser usada independentemente do móvel e duas bandejas articuladas presas às laterais. Exemplifica bem a produção de Claudia, caracterizada pelo domínio dos detalhes e das possibilidades geradas pela produção artesanal em madeira.
1993, Valinhos, SP
Design e doação: Claudia Moreira Salles (1956)
Produção: Etel Interiores, Valinhos, SPUma peça transformável: em estrutura retrátil, pode ser aberta e fechada facilmente, tem bandeja removível que pode ser usada independentemente do móvel e duas bandejas articuladas presas às laterais. Exemplifica bem a produção de Claudia, caracterizada pelo domínio dos detalhes e das possibilidades geradas pela produção artesanal em madeira.
Bar Z – 10-8
1950, São José dos Campos, SP
Design: José Zanine Caldas (1919-1999)
Produção: Móveis Artísticos Z, São José dos Campos, SP
O design de José Zanine Caldas tira partido do compensado de madeira e da fórmica em cores vivas para criar móveis de formas irregulares e sinuosas, no léxico moderno. Além desses materiais, este bar para uso residencial usa revestimento de curvim e mangueira plástica. Foi produzido em escala industrial por uma fábrica montada com a utopia de tornar o design acessível a amplas camadas da população.
Poltrona Mole
1957, Curitiba, PR
Design: Sergio Rodrigues (1927)
Produção e doação: Lin Brasil, Curitiba, PR
Considerada pelo crítico Clement Meadmore “um dos 30 melhores assentos do século 20”, a Poltrona Mole combina a robustez e o conforto, o convite ao relaxamento e o idioma moderno. Seu projeto atende a uma busca deliberada, por parte do designer, de linguagem efetivamente brasileira, qualidade que a levou a conquistar o primeiro lugar no Concurso Internacional do Móvel, em Cantù, Itália, em 1961.
Acervo do Século XIX
Poltrona Diz 2003, Curitiba, PR.
Design: Sergio Rodrigues (1927) Produção e doação: Lin Brasil.
Graças
à sua dupla curvatura, esta poltrona consegue ser incrivelmente
confortável sem possuir um único estofado, só madeira maciça nos braços e
na estrutura, em peças unidas entre si por meio de cavilhas, e em
compensado moldado no assento e encosto. Apesar das novas tecnologias e
do design contemporâneo, ao observar o tratamento de curvas e retas da
estrutura fica clara sua genealogia na poltrona Mole.
O Bistrô do Museu
e os manjares do Bistrô...
Desde 1986 o MCB desenvolve ações que propiciam a
acessibilidade e a formação de novos públicos através de seu núcleo
educativo que, além do atendimento ao público espontâneo, promove
regularmente visitas agendadas voltadas ao público escolar (do ensino
infantil ao superior) e público em geral. O núcleo oferece ainda
programas específicos voltados à inclusão sócio-cultural, pessoas com
deficiência, famílias e amigos entre outros .
O
acesso ao MCB é possível através de importantes vias de escoamento de
trânsito em São Paulo, por onde circula transporte público conectado a
todos os pontos da cidade. O número 2.705 da avenida Brigadeiro Faria
Lima encontra-se praticamente no entroncamento com as avenidas Europa e
Cidade Jardim.
O Museu situa-se a duas quadras da Marginal do Pinheiros, na altura da ponte da Cidade Jardim, próximo às estações Faria Lima do metrô e Cidade Jardim da CPTM e é servido por linhas de ônibus conectadas ao centro e à Av. Paulista.
Veja mais no http://www.mcb.org.br/