26 de jul. de 2012

Museu da Casa Brasileira em São Paulo


 


O Museu da Casa Brasileira (MCB) se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Conhecido pela localização privilegiada, uma mansão da década de 40 quase no cruzamento das avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, o MCB é um verdadeiro oásis entre os prédios da região com seu jardim de mais de 6 mil metros quadrados.

O MCB é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Estado da Cultura. Atualmente é administrado pela Organização Social "A Casa Museu de Arte e Artefatos brasileiros". Criado em 1970 com a denominação de Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, recebeu o nome atual no ano seguinte, por sugestão do então diretor Ernani Silva Bruno, endossada por conselheiros como Sérgio Buarque de Holanda; em 1972, passou a ocupar a atual sede.

O Museu expõe em sua coleção permanente exemplares do mobiliário dos séculos XVII ao XXI e reforça, em sua agenda cultural, a vocação para as áreas de arquitetura e design por meio da multiplicação de exposições temporárias e de um programa diversificado de debates, palestras, cursos, oficinas e lançamentos de livros.




 Olho Mágico - Uma visão dos interiores de Copacabana.
Exposição temporária no MCB de 04 a 29/07/12.
Entrada gratuita.




Acervo do Museu

  Escabelo

 Peça do Século  VII, Brasil. Derivada de modelos italianos e germânicos do século 16, este escabelo (pequeno banco) em cedro possui encosto recortado e entalhado em baixo relevo, mostrando um brasão com as iniciais MGS. Apesar de feito por meio de técnicas simples de encaixes, seu uso era nobre, destinado aos chefes de família e aos visitantes ilustres.


Acervo do Século VIII



Caixa-cofre
Século 18, Brasil
Doação: Alfredo Mesquita
Esta peça rústica em madeira e ferro é sustentada por um par de bases com dois pés cada uma, na forma de esteios independentes, soltos e altos, cuja função era proteger o móvel contra a umidade. Um jogo de três chaves mostra a preocupação com a segurança. Alças laterais facilitam o transporte da peça. 




Mesa de aba e cancela
Século 18, Portugal

Confeccionada em carvalho e com pernas torneadas, suas abas dobráveis permitem aumentar o número de pessoas sentadas, sinalizando um dinamismo avançado para o período. A quantidade de pernas segue a necessidade de apoio, de acordo com o tampo. Um mecanismo de dobradiça similar ao dos portões permite a articulação das abas, daí a denominação



Acervo do Século XIX


Espineta
Século 19, Inglaterra 
A espineta é um instrumento de percussão a martelo, com teclado de seis oitavas e cordas em harpa simples. De mogno e jacarandá, este exemplar é montado sobre seis pernas com rodízios de metal. Na faixa logo abaixo do instrumento, encabeçando cada perna, há um quadrado em bronze com rosetas, que nas laterais apresentam a coroa imperial encimando a insígnia P I (D. Pedro I).

Acervo do Século XX




Capelinha é um apelido carinhoso para esse rádio, por seu formato. Suas características estéticas são do estilo Art Déco, que mantém linhas geométricas simples, com as extremidades levemente arredondadas. O rádio – e depois a televisão, o computador etc. – são formas de conectar-se, desde o espaço doméstico, com o mundo.



Carrinho de chá Nômade
1993, Valinhos, SP
Design e doação: Claudia Moreira Salles (1956)
Produção: Etel Interiores, Valinhos, SPUma peça transformável: em estrutura retrátil, pode ser aberta e fechada facilmente, tem bandeja removível que pode ser usada independentemente do móvel e duas bandejas articuladas presas às laterais. Exemplifica bem a produção de Claudia, caracterizada pelo domínio dos detalhes e das possibilidades geradas pela produção artesanal em madeira. 



Bar Z – 10-8
1950, São José dos Campos, SP
Design: José Zanine Caldas (1919-1999)
Produção: Móveis Artísticos Z, São José dos Campos, SP
O design de José Zanine Caldas tira partido do compensado de madeira e da fórmica em cores vivas para criar móveis de formas irregulares e sinuosas, no léxico moderno. Além desses materiais, este bar para uso residencial usa revestimento de curvim e mangueira plástica. Foi produzido em escala industrial por uma fábrica montada com a utopia de tornar o design acessível a amplas camadas da população.





Poltrona Mole
1957, Curitiba, PR
Design: Sergio Rodrigues (1927)
Produção e doação: Lin Brasil, Curitiba, PR
Considerada pelo crítico Clement Meadmore “um dos 30 melhores assentos do século 20”, a Poltrona Mole combina a robustez e o conforto, o convite ao relaxamento e o idioma moderno. Seu projeto atende a uma busca deliberada, por parte do designer, de linguagem efetivamente brasileira, qualidade que a levou a conquistar o primeiro lugar no Concurso Internacional do Móvel, em Cantù, Itália, em 1961.

 Acervo do Século XIX


Poltrona Diz 2003, Curitiba, PR.
Design: Sergio Rodrigues (1927) Produção e doação: Lin Brasil. 
Graças à sua dupla curvatura, esta poltrona consegue ser incrivelmente confortável sem possuir um único estofado, só madeira maciça nos braços e na estrutura, em peças unidas entre si por meio de cavilhas, e em compensado moldado no assento e encosto. Apesar das novas tecnologias e do design contemporâneo, ao observar o tratamento de curvas e retas da estrutura fica clara sua genealogia na poltrona Mole.


O Bistrô do Museu

e os manjares do Bistrô...









Desde 1986 o MCB desenvolve ações que propiciam a acessibilidade e a formação de novos públicos através de seu núcleo educativo que, além do atendimento ao público espontâneo, promove regularmente visitas agendadas voltadas ao público escolar (do ensino infantil ao superior) e público em geral. O núcleo oferece ainda programas específicos voltados à inclusão sócio-cultural, pessoas com deficiência, famílias e amigos entre outros .




O acesso ao MCB é possível através de importantes vias de escoamento de trânsito em São Paulo, por onde circula transporte público conectado a todos os pontos da cidade. O número 2.705 da avenida Brigadeiro Faria Lima encontra-se praticamente no entroncamento com as avenidas Europa e Cidade Jardim. 


 
O Museu situa-se a duas quadras da Marginal do Pinheiros, na altura da ponte da Cidade Jardim, próximo às estações Faria Lima do metrô e Cidade Jardim da CPTM e é servido por linhas de ônibus conectadas ao centro e à Av. Paulista.