A história deste palácio começa quando, o rei D. Manuel I, em
homenagem à empresa das Índias, decide erigir um convento, onde então existiria
uma capela. E foi sobre o que sobrava desse convento quinhentista que três
séculos mais tarde, o príncipe consorte D. Fernando de Saxe Cobourgo-Gotha
(1836-1885) realizou uma das espantosas fantasias românticas em que o século
XIX foi fértil, ou seja, transformou um convento no magnifico palácio que hoje
conhecemos. A semelhança entre este palácio e o castelo de Neuschwanstein,
na Baviera, erigido por Luís II da Baviera, não é pura coincidência ambos são
realmente muito parecidos embora na opinião de muitos este é ainda mais belo e
genuíno. A forma como está implantado na rocha a 450 metros de
altitude fá-lo parecer uma extensão natural da própria serra, e a vista que
oferece é verdadeiramente impressionante. Para quem se interessa por termos esotéricos ou
rosa-crucianos, o Palácio da pena surge como uma verdadeira catedral do
mistério, em que muitos dos elementos têm uma leitura paralela e secreta.